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Dicas de cultivo de phalaenopsis

Origem e Habitat

Phalaenopsis é um gênero de orquídeas que tem sua origem em uma área que compreende desde o sul da China até o Noroeste de Austrália, incluindo Filipinas, Indonésia, Sumatra, Bornéo.

Geralmente crescem a baixas altitudes, de forma epífita, vegetando na parte baixa de árvores com poucas folhas e em geral próximas de fontes ou rios. Algumas espécies crescem sobre rochas cobertas de musgo.

Trata-se de plantas de crescimento chamado monopodial (de um só pé), a partir de um ponto de crescimento (meristema) apical (numa ponta) se geram as folhas novas e a planta cresce sempre “direção acima”. Ocasionalmente, quando se danifica o meristema apical, ou por podridão ou por efeitos mecânicos, a planta pode produzir brotos laterais para reativar o crescimento, algumas espécies têm mais predisposição para este comportamento que outras.

As temperaturas nestas florestas de baixa altitude variam entre 28ºC e 35°C durante o dia e entre 20ºC a 24°C à noite.
É considerada uma das mais belas e populares orquídeas e é produzida e cultivada em larga escala pela indústria brasileira. Por isto mesmo, existe hoje um grande número de híbridos, fruto do cruzamento de espécies em cativeiro e comumente encontrado à venda em casas de flores e supermercados.

Essas lindas orquídeas não são comuns como espécies puras em coleções, sendo a maioria das mais conhecidas híbridos gerados de sementes, e depois reproduzidas do caule.
Conhecida por se adaptar bem até em apartamentos de centros urbanos, a Phalaenopsis é uma planta que precisa de rega a cada 7-15 dias, dependendo da época e tolera bem temperaturas mais elevadas. O cultivo ideal é em estufas quentes, precisando de muita sombra.
Há dois tipos principais: o padrão e o miniatura. O primeiro pode chegar a 1 m de altura, enquanto as miniaturas ficam em torno de 30 cm. Ambos têm a estrutura bem semelhante, diferindo apenas no tamanho

Como foi dito acima, se trata de uma orquídea epífita, que vegeta sobre os troncos ou ramos de árvores usando-os como ponto de apoio e suporte, com suas raízes fortes e largas que se agarram fortemente a estes galhos podendo resistir a fortes ventos. Não são parasitas, pois não se alimentam da seiva da árvore, que apenas lhe serve como suporte.

Por estar se desenvolvendo “no ar” tem suas vantagens: permite reduzir a grande concorrência que existe entre as plantas terrestres na floresta tropical, e, além disso, recebe consideravelmente mais luz que se estivesse em solo. Também tem suas desvantagens, pois estando expostas totalmente ao ar se ressecam mais rápido. Por esta razão é que as raízes desenvolveram uma estrutura e graças a este tecido esponjoso (velame) que os recobre que lhes é permitida absorver relativamente muita água em pouco tempo, e irrigar o restante da planta aos poucos. Por isso, quando as raízes estão secas, apresentam uma cor branca prateada e quando as regamos ou pulverizamos, ao encharcar, o velame se torna translúcido e podemos ver através do mesmo as células com clorofila, é por isso que as raízes se “tornam verdes”.

A umidade relativa onde vivem as Phalaenopsis é muito alta, quase constantemente de 100% e chove muito.

Depois desta resenha sobre o habitat, passemos ao específico.

Onde colocar a Orquídea?

A maioria dos livros diz que estas plantas necessitam de pouca luz e é, até certo ponto, verdade se compararmos com outros gêneros de orquídeas como Cattleya ou Vanda, que têm necessidade de muito mais luz para florescer. Isto NÃO quer dizer que as Phalaenopsis não necessitem de luz.

Observando as plantas um pouco cada dia, podemos ter idéia se estão recebendo muita ou pouca luz: em geral, uma folha de cor verde muito escuro e que está se desenvolvendo com pouca ou nenhuma flor, indicam que a planta necessita de mais luz. Já o contrário, quando há alta exposição, as folhas apresentam queimaduras do sol: marcas primeiras amarelas e logo depois marrons ou escuras. Essas marcas são tão notórias que dizemos que nossa “Phalaenopsis está queimando viva”.

Um bom método, para estarmos seguros de quanta luz é necessária, consiste em tocar as folhas regularmente quando a planta está recebendo mais luz, e se estas se apresentam mais quentes que nossa mão, é o momento de colocar a planta mais a sombra. Outra possibilidade de diminuir os riscos de queimaduras solares é a de aumentar a ventilação. Com um bom movimento de ar ao nível das folhas se consegue diminuir a temperatura na superfície das mesmas e nossa planta poderá tolerar mais luz.

A boa ventilação (sem vento direto) também é muito importante para que a planta não tenha fungos e bactérias. As Phalaenopsis, com suas folhas carnosas, são mais sujeitas ao ataque destes patógenos. Procure um lugar bem arejado e evite regar as plantas na parte da tarde, pois há a possibilidade de acúmulo de água nas “axilas” das folhas durante as noites mais frias, o que pode acarretar danos e/ou perda das plantas por infecções bacterianas.

Qual a temperatura ideal?
Phalaenopsis são orquídeas de clima quente e úmido.

Durante o dia, no inverno e dentro de casa, uns 20/24 °C são ideais. Claro, para quem vive em lugares mais quentes, digamos tropicais, não tem que se preocupar com calefação ao contrário de quem mora no hemisfério norte ou em regiões mais frias do Brasil.

À noite, as temperaturas não deverão ser inferiores aos 16 °C, e penso que uns 18 Cº. São ideais para evitarmos a perda dos botões florais nas orquídeas que florescem no inverno.

No outono convém colocar a planta durante um, dois ou três semanas num lugar um pouco mais fresco e onde à noite a temperatura baixe a uns 13/14 Cº para induzir a floração. Cabe observar que quando aparecer a inflorescência que sai da parte inferior da planta com uma gema um pouco pontiaguda que aponta geralmente para o alto, voltar a colocá-la em um lugar mais quente.

A umidade relativa ambiente é para a maioria das orquídeas (e para nós) um pouco importante, e valores entre 50% o 60% são os melhores valores. Para conseguir tal umidade uma boa solução pode ser colocar outras plantas ao redor das nossas orquídeas, ou também colocar alguns pratos com pedra de brita tamanho zero ou areia que molharemos com água e colocaremos ao redor das plantas. A água, ao evaporar, criará um microclima ao redor das plantas.

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